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Inglaterra 3, Austrália 1
Respondendo ao gol de empate de Sam Kerr com dois gols, a Inglaterra avançou para a final da Copa do Mundo Feminina da Europa, contra a Espanha.
Por Rory Smith
Reportagem de Sydney, Austrália
O barulho era vertiginoso e alegre, e um pouco selvagem, como se os 75 mil torcedores que lotaram o Stadium Australia não pudessem acreditar como tudo aconteceu perfeitamente. Eles não sabiam que isso não iria durar, é claro; naquele ponto, a própria ideia de que talvez não parecesse remota, absurda. Naquele momento, o barulho pareceu ondular e crepitar com magia.
A Austrália não vencerá esta Copa do Mundo. Essa honra, em vez disso, caberá a uma das duas novas potências da Europa: a Espanha, que venceu por pouco a Suécia na terça-feira, e a Inglaterra, conquistadora dos Matildas – vencendo por 3-1, mas não de forma mais confortável – na quarta-feira. Em algum nível, porém, este torneio pertenceu à Austrália.
Durante três semanas, os Matildas mantiveram o país na palma das suas mãos. A Austrália foi cativada pelo desespero da equipe na fase de grupos. Ficou encantado com a demolição composta da Dinamarca nas oitavas de final. Todo o país pareceu prender a respiração durante a vitória nas quartas de final contra a França. A nação disparou com cada emoção emocionante e sofreu em cada momento de tensão extraordinária.
Porém, faltava uma coisa. Sam Kerr, capitã, totem e superestrela da Austrália, havia falado na véspera do torneio que esperava ser capaz de criar o que chamou de momento Cathy Freeman: um eco daquele instante, 23 anos atrás, quando Freeman alcançou o ouro em os 400 metros nas Olimpíadas de Sydney.
Porém, por causa de uma lesão na panturrilha sofrida na véspera do primeiro jogo da Austrália, ela teve a chance de cumprir sua promessa. Mesmo contra a Inglaterra, na quarta-feira, em sua primeira partida no torneio, ela parecia estar sem tempo.
Ella Toone deu a liderança à Inglaterra. As Leoas, campeãs europeias, pareciam serenas, seguras, tão confortáveis quanto possível quando cercadas por dezenas de milhares de australianos que estão todos investidos no seu fracasso final.
E então, do nada, lá estava ele. Kerr tinha a bola, mas também tinha dois zagueiros ingleses à sua frente. Ela deixou cair um ombro. Ela estremeceu, só um pouco. Ela viu uma abertura. De 25 jardas, ela lançou o que – para outro jogador – teria sido qualificado como um chute especulativo.
Mary Earps, goleira da Inglaterra, lutou para cobrir. Ela não pode. A bola estava viajando muito rápido. Na semifinal de uma Copa do Mundo, Kerr entregou. A Austrália, o time, o estádio e o país tiveram seu momento. Na multidão, a suposição de trabalho era que haveria muito mais. Tudo isso foi perfeito demais, como se tudo seguisse um roteiro.
E então, é claro, veio a reviravolta.
Não é um brometo sugerir que a participação da Austrália neste torneio terá o que Alex Chidiac, um dos seus meio-campistas, chamou de “legado duradouro” neste país. Seus efeitos levarão tempo para se cristalizar, mas isso não significa que não sejam reais. “Haverá tantas meninas que se inspiraram no que fizemos”, disse a zagueira Steph Catley. Para Hayley Raso, foi como se os Matildas tivessem “colocado todo o país a bordo”.
Tudo isso é significativo. Tudo isso importa. Pode muito bem acontecer que este torneio venha a ser visto, daqui a uma década, como o início de um círculo virtuoso para o futebol feminino australiano, e para o futebol australiano em geral, na verdade. “Não há argumento agora de que as pessoas não estão interessadas”, destacou Catley. É difícil argumentar.
Para todos os torcedores conquistados recentemente pelo esporte, por esse time, porém, o que ficou é uma lição importante. Os esportes são caprichosos e cruéis. A Austrália ainda estava no ar, deleitando-se com o gol de Kerr, fazendo todo o possível para respirar o segundo, quando Ellie Carpenter calculou mal um passe longo. Lauren Hemp percebeu sua hesitação.